quinta-feira, 20 de junho de 2019

TESTEMUNHO SEMANA DO SILÊNCIO 7 A 13 JULHO
Partilhar este testemunho irá ser apenas um pequeno fragmento do que encontrei no Monte da Fonte. As palavras são tão limitadas para o que é ilimitado. No entanto partilharei sim algumas palavras. Apesar de conhecer o Joaquim há uns anos, senti um chamado muito forte para fazer este retiro. Algo me chamava. Era eu que me chamava a mim mesma. Depois surgiram os obstáculos do ego, a resistência. Não posso porque isto, não posso agora porque aquilo. Até que tomei consciência que essas desculpas não existiam. Quando decidi mesmo seguir o meu coração tudo fluiu. Libertei-me de tudo e todos e segui. Foi a melhor decisão que podia ter feito em toda a minha vida. Não basta fazer umas meditações ou passar um simples fim de semana no Monte. Não chega para nos encontrarmos. É na vivência, na entrega total e na confiança que este barro que somos é moldado e revelado. O que encontrei no Monte da Fonte foi eu mesma. Na partilha, no trabalho, no abraço, no sorriso, nas caminhadas, no contacto com os animais, na simplicidade, na humildade, no amor por tudo o que é vivo, . Tudo isto é necessário para que despertemos para o que somos. Tudo isto é no Monte da Fonte e por isso me encontrei. O amor revela-se a pouco e pouco em nós, em todos e em tudo. Na natureza perfeita e tão bela. Nas pedras em forma de coração, na brisa suave do vento, na lua, sol e estrelas. Na flor, na árvore, na cor. Tudo nos é revelado como que por magia. Por magia a vida revela-se porque nos abrimos a ela, porque nos disponibilizamos para que ela se mostre em toda a sua beleza e perfeição. A vida e eu somos o mesmo. Entreguei-me e rendi-me. As cores surgiram quando fechava os olhos. As mandalas explodiam de tão belas, com tanta luz. A beleza é tanta, tanta, tanta...Abri os olhos e vi e vi-me a mim mesma. Tão belos que somos. Os olhos deixam de ser os nossos, os outros deixam de ser aquilo que pensam que são e o que apenas vejo é a luz e amor que todos somos e que por momentos nos esquecemos que quem realmente somos. De quem já somos. Permiti-me deixar morrer para renascer. Quando isso acontece o que mais desejas é que todos vejam o que somos. A diferença entre uns e outros é apenas na medida em que se conhecem a si mesmos. Porque todos somos iguais. Somos um fragmento do divino em manifestação. Poderia dizer muito mais, mas é sempre incompleto. Agora não existo, apenas o divino existe. Rendo-me e sou guiada, deixo-me levar e tudo flui. A felicidade existe, o paraíso existe aqui e agora. A cada momento. É possível sim ver através dos olhos de Jesus. Eternamente grata Joaquim por seres e acreditares. O Monte da Fonte, Fonte que todos somos, é o meu ninho, o local onde renasci, onde nasci. Se sentem esse chamado sigam-no por favor. Apetece-me pôr de joelhos nesta súplica. Esta sensação de impotência por vezes é grande porque não o posso fazer por vocês. Têm de ser vocês a fazê-lo. Acreditem no meu testemunho, acreditem no trabalho do Joaquim. Mas só em retiro é possível.
Amo-vos muito, amo-vos tanto 

Sem comentários: