Palavras são impotentes, insuficientes para exprimir fielmente um testemunho do que ocorre nos eventos do Monte. O sentir, as emoções, são meio mais expressivo. Porém, como emoções comunicam com mente e coração, sem necessidade da vibração de ondas sonoras ou grafismos, torna-se complicado traduzir sensações em palavras, exteriorizar graficamente vibrações interiores. Todavia, um testemunho para ser público e entendível tem de ser pronunciado ou escrito. São então estas as palavras que encontrei para me manifestar:

CAMINHO, VERDADE e VIDA, denominação do tema do passado fim de semana analisado no Monte da Fonte, para mim, antecede e transcende os dias a ele dedicados, pois considero o tema um mostruário de todo o trabalho habitualmente exercido no Monte. Tendo em conta que CAMINHO pode significar todo e qualquer meio que conduz à exploração do Eu na imensa profundidade do Ser, se VERDADE for entendida e aceite como a consciencialização que se adquire ao longo dessa exploração, e VIDA se se considerar o objeto final a ser contemplado e apreciado em todos os seus géneros e formas.

Caminhadas, meditação, conversas, palestras, jogos, tarefas, exercícios físicos ou mentais, vendados e/ou desvendados,… enfim, toda a ideia que desponte da brilhante essência do criador Joaquim, origina baseada no CAMINHO que ele próprio vem percorrendo, e que em espírito de missão partilha abertamente com quem a ele se deseje associar. Na sua humildade, confidencia que as práticas por ele idealizadas são etapas de aprendizagem mútua, e é de salientar o espaço que concede a cada Ser, onde cada um tem a liberdade de dar o seu contributo, doando a essência do seu Eu para enriquecimento global dos presentes. Seja qual for o tema desenvolvido, agrada-me esta proximidade que se cultiva no Monte, são momentos fantásticos, e entendo que só assim tudo faz sentido.

A minha consciência, o Eu que pulsa no meu interior aceita, reconhece e identifica-se com pontos de vista e métodos do Joaquim, sintonizando-se assim com a vibração por ele emitida, daí que entendo como VERDADE a consciencialização que dele transparece.

O trabalho de observação do vasto leque de relacionamentos internos e externos que abraça a condição de existir, leva-me à contemplação maravilhada dos universos interiores e exteriores, à perceção de ser um Ser vivo integrado num Todo que vive, e que com essa consciência pode dar maior fertilidade à VIDA, se a deixar fluir descomplicada, não a forçando nem me esforçando para entender o seu sentido, simplesmente existindo em gratidão para com o Coração Maior onde batem todos os corações.

Em suma, do CAMINHO trilhado pelo Monte, sobressaem pegadas de VERDADE que facilitam o rumo a quem almeja mais da VIDA.

Gratidão eterna por tudo, Irmão e Amigo Joaquim.

Paulo Frias